Prof. Antonio Carlos Rodrigues da Silva ||| Mestrado em Administração Pública - FGV/RJ

“SE NÃO HÁ DEFINIÇÕES CLARAS EM UMA ÁREA, É PORQUE HÁ INTERESSE EM QUE NÃO HAJA UM CAMINHO DEFINIDO. ESSA É A POLÍTICA PÚBLICA DAQUELE SETOR”

Essa, infelizmente, é a realidade em muitas áreas, governos e setores do nosso estado. Por uma série de questões que serão abordadas durante esse treinamento, o estado brasileiro se afastou um pouco de servir o público e passou a servir outras pessoas e interesses.

Isso demonstra um ambiente de falta de ética – uma palavra um tanto quanto desgastada nos dias de hoje. Ética é a busca do bem comum, ingrediente essencial na administração, seja ela pública ou privada. Quando falta a ética, está ausente a preocupação com o outro.

No entanto, se pararmos para pensar, quem é o cliente do servidor público? Quem é o alvo das ações dos professores universitários, auxiliares administrativos ou senadores? O destinatário das ações do estado é aquele pagador de impostos que precisa dos nossos serviços. É para isso que o estado, a mais complexa organização humana, foi construído.

Por outro lado, há uma série de pessoas que, embora imersas nesse cenário conturbado, não abrem mão de construir organizações melhores, mais eficientes e mais práticas para a sociedade. Outros, vão além, e empreendem inovações que ajudam as vidas de muitos. O estado não é uma organização homogênea – há exemplos ruins, mas também existem inúmeros bons servidores cumprindo com seu papel. Em boa parte das situações, o que falta é um pouco de treinamento e de atenção à essa necessidade de espírito público.

Por isso, nesse curso, vamos passar pelas principais necessidades recentes da nossa sociedade, com ênfase nas questões sociais e ambientais que estão em documentos como Carta da Terra ou a Constituição Federal. Em seguida, abordaremos as organizações que aprendem e a evolução dos principais modelos de estado e dos tipos de administração que já foram desenvolvidos, apontando os benefícios e problemas de cada caminho. Uma análise da formulação de políticas públicas fecha esse momento mais concentrado nos processos que constituem o estado.

O curso é completado por uma série de conteúdos sobre liderança, papéis do líder, autoconhecimento e a utilização de todos esses conceitos para a criação de ações que levem, efetivamente, a uma gestão pública cada vez mais empreendedora.

Como você pode ver, esse é um curso que terá uma base teórica bastante densa. O interessante é que cada um dos conceitos está sempre associado à prática. Espera-se que os participantes não saiam do treinamento como bons teóricos, mas profissionais competentes e comprometidos com a construção do estado brasileiro que a nossa população demanda nesse início de século XXI.

Importante! Esse curso não é partidário de nenhum tipo de política. Mantenha a cabeça aberta, pois virão ideias de todos os lados.

OBJETIVO PRINCIPAL:

Através do despertar de uma visão crítica sobre a dinâmica da administração pública em seu papel de prestador de serviços à comunidade, oferecer ferramentas para que servidores públicos atuem de forma empreendedora dentro de suas atividades.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Espera-se que ao término do treinamento o participante: - Tenha adquirido, reformulado ou reforçado conceitos sobre as exigências atuais dos dirigentes públicos e prestadores de serviços; - Tenha aprimorado habilidades de liderança e de expressão escrita e oral. - Seja capaz de formular propostas de atuação empreendedora dentro de sua atuação como agende do estado.

PRINCIPAIS TEMAS

MEGATENDÊNCIAS

Destaque para a tendência de que pessoas hoje estão procurando dar um sentido ao que fazem. Em outras palavras, comprometerem-se com coisas que elevem o nível de consciência. Mudando do concreto para o abstrato.

ORGANIZAÇÕES COMO AMBIENTE DE CRESCIMENTO E DE APRENDIZAGEM

Permite ao servidor o comprometimento e compartilhamento de objetivos comuns tornando-se cada vez mais útil. Importante também é tomar consciência das crenças que orientam os processos decisórios que o servidor tem que avaliar como líder, estando atento ao coletivo interno (servidores,) e externo (comunidade) pensando sistêmica e estrategicamente, reconhecendo que sempre, onde estiver, está fazendo toda a diferença. Urge que se repense as organizações e o papel de cada um nelas e, no setor público, que o foco seja seu compromisso com a comunidade exercitando o chamado espírito público.

ESTUDO SOBRE O ESTADO E SEU PAPEL HOJE NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

Informar e, principalmente, provocar insights que permitam entender a evolução do pensamento humano sobre o Estado, sua formação, mudanças e sua dinâmica ao elaborar, implementar e avaliar políticas públicas. Importante nesse momento é permitir que o participante vincule sua própria crença sobre o conceito de Estado e reveja ou reforce sua posição de agente público.

LIDERANÇA

Serão abordados quatro aspectos da liderança: a) O poder e a importância do seu uso nas organizações, mormente na área pública. A pergunta aqui é: que poder tenho, que penso ter ou que gostaria de ter? b) Os arquétipos da liderança. Um estudo que permite ao líder, inclusive através de um exercício, melhor identificar suas próprias características e a de integrantes de sua equipe. A busca do autoconhecimento deve ser uma constante na trajetória mítica do líder. c) Os 12 papéis que o líder deve desempenhar simultaneamente na busca do seu próprio aperfeiçoamento, do estadista ao jardineiro. d) Liderança Situacional. Ferramenta que possibilita também o aperfeiçoamento do líder considerando os quatro estilos que devem ser considerados entre líderes e liderados considerando a maturidade e os focos no relacionamento ou tarefas.

EMPREENDEDORISMO NO SETOR PÚBLICO

Consolidar os objetivos e conceitos abordados anteriormente e tendo como referencial importante obra de Ted Gaebler e D. Osborne.